segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Avaliação in vivo da biocompatibilidade dos cones de guta-percha e cones de resilon

O sucesso do tratamento endodôntico depende da completa remoção dos conteúdos infectados do sistema de canais radiculares, acompanhado pela obturação hermética e tridimensional utilizando um material biocompatível para evitar uma possível irritação aos tecidos perirradiculares (SOUSA, 2004). Tem sido demonstrado que materiais obturadores quando em contato com os tecidos perirradiculares após o tratamento endodôntico podem perpetuar uma periodontite apical (NAIR, 2004).
Tem sido demonstrado também que a biocompatibilidade é o requisito mais importante porque qualquer material biologicamente não aceitável pode ser responsável pelo insucesso do tratamento endodôntico (SOUZA, 2004).
O Objetivo deste estudo é avaliar a citotoxicidade dos cones de resilon e guta-percha quando implantados em tecidos subcutâneos de ratos. Para isso foram selecionados 20 ratos adultos e estes divididos em 4 grupos de 5 ratos cada, em cada rato foi implantado um pedaço de cone de resilon e um de guta-percha. O grupo I foi observado após 24 horas, o grupo II após 48 horas, o grupo III após 7 dias e o grupo IV após 30 dias. Na análise histopatológica, observou-se que nas primeiras 24 horas, os dois materiais provocam uma intensa reação inflamatória aguda, com presença de neutrófilos, nas 48 horas, a guta-percha ainda apresentava áreas com infiltrado inflamatório rico em neutrófilos, porém em menor extensão que o resilon, após 7 dias tanto para a guta-percha quando para o resilon observou-se tecido de granulação caracterizado por proliferação fibroblástica endotelial e neovascularização permeados por moderado a intenso infiltrado inflamatório mononuclear. Com 30 dias observou-se em volta do material um tecido de granulação, porém este é mais restrito à proximidade do material, além de apresentar menor quantidade de vasos sanguíneos, e infiltrado inflamatório apenas discreto a moderado. Em algumas regiões apresentaram cápsula fibrosa delgada livre de inflamação. Conclui-se que os dois materiais se comportaram de forma semelhante quando implantados nos tecidos subcutâneos de ratos, mostrando-se bem toleráveis e biocompatíveis.

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